Introdução
A Segunda Revolução Industrial, que ocorreu entre meados do século XIX e 1873, marcou um período de transformações econômicas profundas, estendendo-se da Grã-Bretanha à Europa Continental e aos Estados Unidos. Esse crescimento acelerado não apenas trouxe avanços tecnológicos em indústrias-chave, mas também redefiniu as estruturas de poder e concentração de capital. Enquanto os economistas clássicos perdiam relevância diante das mudanças econômicas, três figuras - William Stanley Jevons, Carl Menger e Léon Walras - surgiram com a teoria marginal da utilidade.
Essa teoria inovadora fundamentava-se na ideia de que o valor de uma mercadoria não era uma entidade objetiva, mas dependia da utilidade subjetiva atribuída a ela pelos indivíduos. A utilidade marginal decrescente, um princípio fundamental, explicava como o valor de um bem diminui à medida que mais dele é consumido. Esse conceito levou à formulação de curvas de demanda e oferta, estabelecendo as bases para a economia neoclássica.
Ao divergir da teoria do valor-trabalho dos clássicos, os economistas marginalistas desenvolveram uma abordagem matemática para compreender preços e valores. Eles promoveram a ideia de um mercado de concorrência perfeita como um sistema autorregulável, apoiando o laissez-faire capitalista. Assim, mesmo diante das transformações econômicas significativas durante a Segunda Revolução Industrial, as teorias marginalistas não apenas ofereceram uma explicação coerente para as mudanças de preço e valor, mas também mantiveram elementos ideológicos e matemáticos em sua formulação, moldando o pensamento econômico por décadas a fio.
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Durante o período da Revolução Industrial, entre meados do século XVIII e início do século XIX, o crescimento econômico inglês proporcionou um ambiente propício para o desenvolvimento do pensamento clássico. Posteriormente, entre meados da década de 1840 e 1873, ocorreu a Segunda Revolução Industrial, marcada pelo rápido crescimento não apenas na Grã-Bretanha, mas também na Europa Continental e nos Estados Unidos.
Nesse período, o crescimento capitalista não seguiu os pressupostos dos economistas clássicos. A concentração de capital e poder industrial aumentou, devido à competição predatória que eliminava concorrentes menores e à formação de cartéis e trustes para sobrevivência no mercado.
A Segunda Revolução Industrial foi caracterizada pelo desenvolvimento tecnológico em diversas indústrias, como elétrica, química e metalúrgica. Além disso, houve transição do rural para o urbano na Europa e a adoção de petróleo e gás em substituição ao carvão mineral.
Nesse contexto, as teorias dos economistas clássicos perderam relevância. Surgiram teorias críticas, como as socialistas e marxistas. No entanto, três economistas - William Stanley Jevons, Carl Menger e Léon Walras - apresentaram a teoria marginal da utilidade. Segundo essa teoria, o valor de uma mercadoria depende da utilidade que o indivíduo atribui a ela, sendo um padrão subjetivo. A utilidade marginal decrescente explica que a utilidade de um bem diminui à medida que mais dele é consumido, levando à formação de curvas de demanda e oferta.
Esses economistas marginalistas forneceram uma explicação matemática para os preços e valores, afastando-se da teoria do valor-trabalho dos clássicos. Eles defendiam o mercado de concorrência perfeita como um sistema automático e autorregulável, apoiando o capitalismo laissez-faire. Assim, apesar das mudanças econômicas significativas durante a Segunda Revolução Industrial, as teorias marginalistas mantiveram elementos ideológicos e matemáticos em sua formulação.
Conclusão
A Segunda Revolução Industrial, que ocorreu entre meados do século XIX e 1873, não apenas trouxe transformações econômicas profundas, mas também redefiniu o cenário do pensamento econômico. Enquanto os economistas clássicos perdiam relevância diante das mudanças econômicas, surgiram três figuras notáveis - William Stanley Jevons, Carl Menger e Léon Walras - com a teoria marginal da utilidade. Esta teoria inovadora, fundamentada na utilidade subjetiva e na utilidade marginal decrescente, proporcionou uma compreensão matemática das mudanças de preço e valor.
Ao divergir da teoria do valor-trabalho dos clássicos, os economistas marginalistas desenvolveram uma abordagem que não apenas explicava as complexidades do mercado, mas também sustentava elementos ideológicos. Defendendo o mercado de concorrência perfeita como um sistema autorregulável, apoiaram o laissez-faire capitalista. Assim, mesmo diante das mudanças econômicas significativas durante a Segunda Revolução Industrial, as teorias marginalistas não apenas ofereceram uma explicação coerente para as flutuações de preço e valor, mas também mantiveram sua relevância ao incorporar elementos ideológicos e matemáticos em sua formulação, moldando o pensamento econômico por décadas a fio.
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