Teoria da História e Historiografia - 12 O conceito de modernidade

 


Introdução

A modernidade é um período histórico marcado por profundas transformações na sociedade, na cultura e na forma de pensar o mundo. Uma das características mais marcantes da modernidade é a busca pela racionalização, que se manifesta em diferentes áreas da vida social.

No campo da temporalidade, a modernidade trouxe uma nova representação do tempo, baseada no conceito de progresso. Essa nova representação é caracterizada por uma ruptura entre o passado e o futuro, e por uma visão otimista de que o futuro será melhor que o passado.

A história universal é outro conceito complexo que foi influenciado pela modernidade. Para alguns filósofos, a história universal é guiada pela razão superior, que impulsiona a humanidade a um progresso contínuo. Para outros, a história universal é apenas uma ficção não contraditória, que não faz parte do interesse teórico da razão.

1 A ideia de modernidade e sua busca pela racionalização

A modernidade é um conceito complexo que pode ser definido de diferentes maneiras. De forma geral, pode ser entendida como um período histórico marcado pela ruptura com as tradições e pela busca pela racionalidade.

Para Max Weber, a modernidade tem seu início com a Reforma Protestante, no século XVI. A Reforma rompeu com o poder religioso da Igreja Católica e valorizou o trabalho e a economia. Isso levou ao desenvolvimento do capitalismo, que é um sistema econômico baseado na racionalidade.

A racionalização é um processo de organização e sistematização da vida social. Ela pode ser observada em diferentes áreas, como a economia, a política, a ciência e a tecnologia.

A racionalização tem sido responsável por grandes avanços sociais e econômicos. No entanto, ela também tem sido criticada por levar ao individualismo, à alienação e à perda de valores humanísticos.

2 O sentido histórico da nova representação da temporalidade

A temporalidade é um conceito complexo que pode ser definido como a percepção do tempo em diferentes contextos históricos e sociais. As sociedades tradicionais, por exemplo, têm uma percepção cíclica do tempo, enquanto as sociedades modernas têm uma percepção linear.

A modernidade, que se iniciou no século XVI, trouxe uma nova representação da temporalidade, baseada no conceito de progresso. Essa nova representação é caracterizada por uma ruptura entre o passado e o futuro, e por uma visão otimista de que o futuro será melhor que o passado.

Um dos principais fatores que contribuíram para a formação dessa nova representação da temporalidade foi a Reforma Protestante, que levou ao fim da crença no Juízo Final. Com isso, o futuro passou a ser visto como um campo de possibilidades, aberto à ação humana.

Outro fator importante foi a Revolução Francesa, que demonstrou a capacidade da ação humana de transformar a sociedade. Com isso, os homens passaram a acreditar que o futuro podia ser melhorado por meio da ação política.

A nova representação da temporalidade teve um impacto profundo na sociedade moderna. Ela influenciou o desenvolvimento do capitalismo, da ciência e da tecnologia, e levou ao surgimento de novas formas de pensamento e de ação.

3 A história universal e a crítica da razão e do sujeito

A história universal é um conceito complexo que pode ser definido como a história sendo compreendida como ciência. Para Kant, a história universal é um ens rationis, ou seja, uma mera ficção não contraditória. Isso significa que não faz parte do interesse teórico da razão entender o fenômeno histórico como algo que se projeta para um futuro indefinido.

Para Hegel, a história universal é guiada pela razão superior que impulsiona a humanidade a esclarecer e superar as estruturas sociopolíticas, econômicas e igualmente filosóficas que não mais refletem em seu âmago as ânsias do espírito de uma determinada época.

Em síntese, podemos analisar que a história universal à crítica da razão e do sujeito (ideia de progresso) é analisada por teóricos relevantes e complexos para explicar que, apesar da universalidade da história, a generalização não revela os fatos históricos influenciadores. Ao mesmo tempo, essa característica permite o desenvolvimento da razão e delimitação da subjetividade empírica, que necessita da ciência para que seja uma história e, mesmo que fundamentada em objetos empíricos, uma história universal. E essa ideia de universalidade é um dos elementos que constituem a ideia do progresso.

Conclusão

A ideia de modernidade, a busca pela racionalização e a nova representação da temporalidade são conceitos interdependentes que influenciaram profundamente o desenvolvimento da sociedade moderna.

A busca pela racionalização levou ao desenvolvimento do capitalismo, da ciência e da tecnologia, que transformaram a forma como vivemos e interagimos com o mundo. A nova representação da temporalidade, baseada no conceito de progresso, influenciou o pensamento político e social, e levou ao surgimento de novas formas de organização social.

A história universal, por sua vez, é um conceito que ainda é objeto de debate entre os filósofos. No entanto, não há dúvida de que ela é um produto da modernidade, e que reflete a crença na capacidade da humanidade de se desenvolver e progredir.

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