Introdução
O período pós-1945 marcou uma era de intensas transformações socioculturais e históricas, dando origem à pós-modernidade e redefinindo as bases do pensamento contemporâneo. Influenciada por estudiosos como Lyotard e Boaventura de Sousa Santos, essa época caracterizou-se pela rejeição dos modelos culturais anteriores, especialmente após os horrores da Segunda Guerra Mundial. A criação da ONU e a Guerra Fria moldaram as relações internacionais, enquanto a urbanização em larga escala, a massificação cultural e os avanços científicos transformaram a sociedade em busca de direitos humanos e sociais.
1 A história global no período pós 1945
O período pós-1945, inserido na era do pós-modernismo, representa uma transformação sociocultural e histórica desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Este conceito, abordado por estudiosos como Lyotard e Boaventura de Sousa Santos, reflete uma superação da modernidade, marcada pela rejeição aos modelos culturais anteriores, como o Iluminismo. O pós-modernismo, dividido em duas fases, rompe com os padrões lineares de pensamento da era moderna, especialmente após os horrores da Segunda Guerra Mundial, desencadeando uma insatisfação generalizada na sociedade.
A Segunda Guerra Mundial reconfigurou o mundo, levando à criação da ONU e à reorganização das relações internacionais em Bretton Woods. A Guerra Fria, com Estados Unidos e União Soviética como potências rivais, dividiu o mundo em blocos, influenciando a política e a economia global. A guerra indireta, representada pela Guerra da Coreia e Guerra do Vietnã, marcou o período, assim como a divisão de Berlim pelo Muro de Berlim. O pós-1945 testemunhou também transformações significativas, como a urbanização em larga escala, a massificação da cultura e avanços científicos convertidos em tecnologia, moldando um mundo marcado por crises, instabilidade e uma busca constante por direitos humanos e sociais.
2 O estruturalismo e a revolução cultural pós-moderna
O estruturalismo, surgido entre os anos 1950 e 1960 na França, representou uma abordagem metodológica própria das ciências sociais. Embora tenha raízes históricas em teóricos como Spencer, Morgan e Marx, sua consolidação ocorreu com Durkheim, Lévi-Strauss e outros. Ricoeur contribuiu para atribuir ao estruturalismo um caráter histórico, destacando sua importância na compreensão dos fatos culturais.
O conceito de estrutura social, introduzido por Giddens, enfatiza que nossos comportamentos são moldados por padrões observáveis nas relações sociais. O estruturalismo, originado nas décadas de 1950 e 1960, busca revisar dualismos do positivismo sociológico, unindo campos subjetivos e objetivos. Contudo, alguns críticos argumentam que essa abordagem pode negligenciar a análise histórica.
Na mesma época, o estruturalismo coincidiu com a revolução cultural pós-1945, impactando a estrutura familiar e dando origem à cultura jovem. Essa cultura, informal e antinômica, trouxe mudanças nos modos de lazer, nas artes comerciais e nas relações pessoais, simbolizando uma autonomia juvenil transitória. O legado dessas transformações ainda reverbera nos tempos atuais.
3 A pós-modernidade e a era digital
A pós-modernidade, delineada desde 1945 até os dias atuais, caracteriza-se pela globalização e domínio do sistema capitalista. Jameson destaca a diferença entre pós-modernismo, referindo-se a revoluções culturais, e pós-modernidade, relacionada à estrutura capitalista globalizada. O contexto atual, marcado pela quarta geração do capitalismo global, é permeado por avanços tecnológicos, inteligência artificial e uma quantidade sem precedentes de dados.
Bauman, um influente pensador desse período, aborda as restrições à liberdade individual na pós-modernidade, destacando questões como a desestruturação do mercado de trabalho. A era digital, parte integrante desse cenário, traz transformações nas relações sociais, políticas e econômicas, influenciando desde tarefas simples até os processos educacionais. A aplicação das tecnologias digitais na educação, conhecida como Educação 4.0, reflete uma evolução nos métodos de ensino e aprendizagem.
A tecnologia digital, presente desde a oralidade até os dias atuais, impulsiona uma revolução tecnológica digital, resultando na cibercultura. As tecnologias digitais no ensino têm o potencial de motivar o desenvolvimento cognitivo e transformar a produção do conhecimento. Marques destaca a necessidade de uma formação abrangente diante desses avanços. A pós-modernidade, representada pelo capitalismo globalizado, se manifesta no presente por meio de transformações marcantes, especialmente na esfera tecnológica.
Conclusão
O período pós-1945 não apenas testemunhou eventos históricos cruciais, como a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, mas também marcou o surgimento de paradigmas como o estruturalismo e a revolução cultural pós-moderna. Esses elementos, por sua vez, contribuíram para o advento da pós-modernidade, evidenciada na atual era digital. A globalização, aliada à predominância do sistema capitalista, delineia a pós-modernidade, enquanto a revolução tecnológica digital redefine as formas de interação social, política e econômica. Diante dessas mudanças, a Educação 4.0 emerge como um reflexo da transformação na produção do conhecimento. A pós-modernidade, ainda em constante evolução, desafia as estruturas convencionais, destacando a importância de compreender e adaptar-se a esse cenário dinâmico.
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